Sábado, 25 de fevereiro de 2017
Quem serão os possíveis vencedores do Oscar?
@ 16:02  | por   | Filmes / Séries | Filmes / Séries Review | Off-Bode

A cerimônia do Oscar deste ano de 2017 ocorrerá Domingo, dia 26/02, trazendo Jimmy Kimmel como apresentador e uma lista de indicados bem fortes, comparativamente melhores do que ano passado, além da clara diversificação étnica e temática nas principais categorias, como na de “Melhor Atriz  Coadjuvante”, que trás 3 afrodescendentes, com papéis muito fortes e socialmente chamativos. Vemos uma clara evolução da academia no quesito inclusão, algo que foi perdido nos dois últimos anos, nos quais tivemos poucos negros sendo indicados, com uma sereva acusação sobre a academia, tão respeitada em 2013 por ter elegido “12 Anos de Escravidão” como melhor filme, além de atores como Lupita Nyongo como melhor atriz coadjuvante, por falta de inclusão e reconhecimento dos atores “de cor”, com muitos deles se sentindo desrespeitados a ponto de não se sentirem representados o suficiente para sequer aparecerem na cerimônia, como foi o caso de Will Smith no ano passado.
Bom, focando agora no presente, os ganhadores do 89º Academy Awards estão bem difíceis de prever. Entretanto, fizemos um esforço e listamos nossas considerações a respeito de cada categoria da premiação. Organizamos as previsões da seguinte forma: o primeiro, em negrito, é o que tem mais chances de levar a estatueta, sendo seguido pelo segundo com mais chances e assim por diante, todos em ordem de preferencia pessoal do redator que vos escreve.

P.S.: Esta listagem é baseada em minha opinião, portanto não se prendam aos resultados considerando-os como verídicos ou reais, pois são somente suposições (ou, como diria o falecido Mussum, são apenas supositórios).

Melhor Filme

  • La La Land: Cantando Estações
  • Moonlight: Sob a Luz do Luar
  • Estrelas Além do Tempo
  • A Chegada
  • Até o Último Homem
  • Um Limite Entre Nós
  • Manchester à Beira-Mar
  • Lion: Uma Jornada para Casa
  • A Qualquer Custo

Sobre o prêmio mais cobiçado da noite, acredito que não há dúvidas de que La La Land se tornou o filme deste Oscar e da maioria das premiações de cinema mundo afora, se popularizando de forma absurda e arrastando multidões para assistir a um musical, algo que a nossa geração atual não fazia há muito tempo, só havendo um relance deste gênero quando “Chicago”, de 2002, ganhou como melhor filme. Mesmo não sendo meu filme favorito, acredito que a academia já o tenha abraçado como queridinho, além de ter muito mais “cara” de vencedor do Oscar do que os filmes eleitos nos anos anteriores(“Birdman: Uma Jornada Inesperada” e “Spotlight”).
Outro possível ganhador é Moonlight: Sob a Luz do Luar, que trata de temas muito polêmicos como sexualidade, preconceito, bullying e drogas, sendo um prato cheio como filme de conscientização social, além de ter ganhado como melhor drama no Globo de Ouro deste ano.

Melhor Diretor

  • Damien Chazelle – La La Land: Cantando Estações
  • Mel Gibson – Até o Último Homem
  • Denis Villeneuve – A Chegada
  • Kenneth Lonergan – Manchester à Beira-Mar
  • Barry Jenkins – Moonlight: Sob a Luz do Luar

Simplesmente é inegável que a direção de La La Land é estupenda, com plano-sequências muito bonitas, uma palheta de cores bem viva e uma movimentação ampla da câmera,
com angulações precisas e posicionamento eficaz, sendo feliz naquilo que deseja homenagear e/ou transmitir para o telespectador.

Melhor Atriz

  • Emma Stone – La La Land: Cantando Estações
  • Natalie Portman – Jackie
  • Isabelle Huppert – Elle
  • Ruth Negga – Loving
  • Meryl Streep – Florence: Quem é Essa Mulher?

Mais uma queridinha deste ano, tendo levado tanto o BAFTA de melhor atriz, quanto o Globo de Ouro, sendo 99% certa de levar esta estatueta para casa. Minha sincera
opinião fica clara com o segundo lugar, pois para mim a interpretação de Natalie Portman como Jaqueline Kennedy em Jackie foi simplesmente impecável, merecendo a
estatueta, mesmo não sendo a preferida de público.

Melhor Ator

  • Denzel Washington – Um Limite Entre Nós
  • Casey Affleck – Manchester à Beira-Mar
  • Andrew Garfield – Até o Último Homem
  • Ryan Gosling – La La Land: Cantando Estações
  • Viggo Mortensen – Capitão Fantástico

Denzel Washington entrega uma performace caricata de início, mas que, ao longo do filme Um Limite Entre Nós, ganha corpo e se mostra mais real e fidedígna do que
aparenta, merecendo a estatueta brilhante e dourada. Além disso, todos sabemos que Casey Affleck está comprometido publicamente por severas acusações de violência
contra mulher, não devendo levar o prêmio este ano, mesmo tendo levado o Globo de Ouro de Melhor Ator, com uma performace ótima e quase realistica em Manchester à
Beira Mar.

Melhor Ator Coadjuvante

  • Mahershala Ali – Moonlight: Sob a Luz do Luar
  • Jeff Bridges – A Qualquer Custo
  • Dev Patel – Lion: Uma Jornada para Casa
  • Michael Shannon – Animais Noturnos
  • Lucas Hedges – Manchester à Beira-Mar

Além de ter trabalhado em Moonlight, atuou também em Estrelas Além do Tempo. Porém, o seu papel no primeiro filme, ao qual esta sendo indicado, tem um peso considerável
para a trama, além de uma interpretação estupenda deste ator tão novo nas telonas. Jeff Bridges segue em segundo pela sua estupenda atuação em A Qualquer Custo,
merecendo também a estátua.

Melhor Atriz Coadjuvante

  • Viola Davis – Um Limite Entre Nós
  • Naomie Haris – Moonlight: Sob a Luz do Luar
  • Octavia Spencer – Estrelas Além do Tempo
  • Michelle Williams – Manchester à Beira-Mar
  • Nicole Kidman – Lion: Uma Jornada para Casa

Viola Davis merece muitas estatuetas por essa interpretação, então Academia, por favor, dê um Oscar para essa mulher. Entretanto, Naomie Haris também entrega um senhor papel, sendo talvez o maior de sua carreira, merecendo a estatua tanto quanto Viola.

Melhor Roteiro Original

  • Kenneth Lonergan – Manchester à Beira-Mar
  • Taylor Sheridan – A Qualquer Custo
  • Damien Chazelle – La La Land: Cantando Estações
  • Yorgos Lanthimos e Efthimis Filippou – The Lobster
  • Mike Mills – 20th Century Women

Não acho os roteiros destes filmes excepcionais como todos dizem, o que me levou a ir por eliminação e considerar os “menos piores” da lista, que pra mim são “Manchester à Beira Mar”, por um enredo comovente e realístico, e “A Qualquer Custo”, pela construção precisa de personagens, de forma comovente e aventureira.

Melhor Roteiro Adaptado

  • Eric Heisserer – A Chegada
  • Barry Jenkins e Tarell Alvin McCraney – Moonlight: Sob a Luz do Luar
  • Allison Schroeder e Theodore Melfi – Estrelas Além do Tempo
  • August Wilson – Um Limite Entre Nós
  • Luke Davis – Lion: Uma Jornada para Casa

Mesmo o favorito sendo Moonlight, acredito que A Chegada possa levar esta estatueta, com uma adaptação sem igual de um conto, uma construção maravilhosa de personagens e uma originalidade, considerando outros filmes de ficção científica, fora do comum.

Melhor Animação

  • Zootopia: Essa Cidade é o Bicho
  • Moana: Um Mar de Aventuras
  • Kubo e as Cordas Mágicas
  • Minha Vida de Abobrinha
  • A Tartaruga Vermelha

Zootopia merece todos os prêmios que ganhou, tanto pela qualidade da animação, quanto pela mensagem social que o filme traz, tratando preconceito e outros problemas da sociedade atual de forma leve e divertida, com várias metáforas estupendas do dia a dia em uma cidade. Moana e Kubo também são ótimos filmes, porém dificilmente superarão o roteiro de Zootopia, também ofuscando as mensagens de Minha Vida de Abobrinha, filme maravilhoso em stop-motion, e A Tartaruga Vermelha, filme bem emotivo mesmo sem uma fala.

Melhor Documentário em Longa-Metragem

  • 13ª Emenda
  • Eu Não Sou Seu Negro
  • O.J.: Made in America
  • Life, Animated
  • Fogo no Mar

Fogo no Mar não deveria existir a princípio, com uma ótima qualidade de imagem, porém péssimo roteiro, com uma monotoneidade extrema. Life, Animated conta a estória inspiradora de um autista, sendo um forte candidato. Entretanto, ambos candidatos são ofuscados pelos maravilhosos documentários, todos com temática voltada para o preconceito, 13ª Emenda, o meu favorito, Eu não sou Seu Negro e O.J.: Made in America. Qualquer um dos três tem plenas chances de levar a estatueta.

Melhor Longa Estrangeiro

  • Um Homem Chamado Ove (Suécia)
  • Terra de Minas (Dinamarca)
  • O Apartamento (Irã)
  • Tanna (Austrália)
  • Toni Erdmann (Alemanha)

Nunca pensei que fosse me surpreender tanto com os filmes estrangeiros. Os meus favoritos são “Um Homem Chamado Ove” e “Terra de Minas”, mesmo que o favorito seja “O Apartamento”, pois estes dois primeiros me comoveram mais, com uma mensagem de superação e ver o lado bom da vida, mesmo esta parecendo estar acabada.

Melhor Curta em Animação

  • Borrewed Time
  • Piper
  • Pearl
  • Pear Cider and Cigarettes
  • Blind Vaysha

Borrowed Time tem uma carga dramática muito grande e um “twist” surpreendente para um curta, além de uma qualidade de animação absurda e detalhada, por conta da parceria dos produtores com a Pixar, que esta concorrendo com a própria animação, entitulada Piper, também muito linda e atraente. Além disso, temos o original Pearl, que pode ser visto com o olhar 360º inovador, no próprio YouTube. Segue o link a seguir se quiserem conferir: https://www.youtube.com/watch?v=WqCH4DNQBUA.

Melhor Canção Original

  • “City of Stars” | Música de Justin Hurwitz, canção de Benj Pasek e Justin Paul – La La Land: Cantando Estações
  • “How Far I’ll Go” | Música e canção de Lin-Manuel Miranda – Moana: Um Mar de Aventuras
  • “Can’t Stop the Feeling” | Música e canção de Justin Timberlake, Max Martin e Karl Johan Schuster – Trolls
  • “Audition (The Fools Who Dream)” | Música de Justin Hurwitz, canção de Benj Pasek e Justin Paul – La La Land: Cantando Estações
  • “The Empty Chair” | Música e canção de J. Ralph e Sting – Jim: The James Foley Story

Esta canção lembra a época de ouro dos musicais da Broadway e de Hollywood, sendo uma favorita, além de ser tão chiclete quanto sua principal adversária: How Far I’ll Go, de Moana, viciante e inspiradora. E sinceramente, tinham músicas melhores de La La Land para serem indicadas do que “Audition (The Fools Who Dream)”.

Melhor Fotografia

  • Bradford Young – A Chegada
  • Linus Sandgren – La La Land: Cantando Estações
  • Greig Fraser – Lion: Uma Jornada para Casa
  • James Laxton – Moonlight: Sob a Luz do Luar
  • Rodrigo Prieto – Silêncio

O diretor de fotografia trata do “look” do filme na pós produção, na sua palheta de cores, no seu visual atrativo. Para mim, o vencedor deste ano deve ser A Chegada, com tons escuros, cinzentos, alimentando a tensão e o tom de melancolia e suspense em torno da estória tão bem contada. La La Land pode ser o ganhador também, por conta de suas cores vibrantes e iluminação chamativa, principalmente em sequências musicais.

Melhor Figurino

  • Colleen Atwood – Animais Fantásticos e Onde Habitam
  • Consolata Boyle – Florence: Quem é Essa Mulher?
  • Madeline Fontaine – Jackie
  • Mary Zophres – La La Land: Cantando Estações
  • Joanna Johnston – Aliados

Acredito que o figurino de Animais Fantásticos leve este ano, por serem ao mesmo tempo característicos de uma época e de uma saga de filmes do mundo bruxo. Um forte candidato é Florence, com vestimentas chamativas e voluptuosas. Qualquer um desta lista está apto a ganhar como melhor figurino, basta a academia decidir descontando dos mínimos detalhes técnicos.

Melhor Maquiagem e Cabelo

  • Joel Harlow e Richard Alonzo – Star Trek: Sem Fronteiras
  • Alessandro Bertolazzi, Giorgio Gregorini e Christopher Nelson – Esquadrão Suicida
  • Eva Von Bahr e Love Larson – Um Homem Chamado Ove

Acredito que a academia tenha um certo preconceito em premiar “Esquadrão Suicida”, mesmo sua maquiagem sendo de extrema qualidade, devendo dar o prêmio a “Star Trek: Sem Fronteiras”, já que “Um Homem Chamado Ove” se sai muito bem, porém ofuscado pela complexidade dos outros candidatos.

Melhor Mixagem de Som

  • Andy Nelson, Ai-Ling Lee e Steve A. Morrow – La La Land: Cantando Estações
  • David Parker, Christopher Scarabosio e Stuart Wilson – Rogue One: Uma História Star Wars
  • Bernard Gariépy Strobl e Claude La Haye – A Chegada
  • Kevin O’Connell, Andy Wright, Robert Mckenzie e Peter Grace – Até o Último Homem
  • Greg P. Russell, Gary Summers, Jeffrey J. Haboush e Mac Ruth – 13 Horas: Os Soldados Secretos de Benghazi

A mixagem trata mais em relação à trilha sonora, o que me remete logo a La La Land, com seu album de músicas originais e super chiclete. Um candidato fortíssimo pode ser Rogue One, já que sua trilha orquestrada é estupenda, nostálgica e muitas vezes arrepiante.

Melhor Edição de Som

  • Robert Mackenzie e Andy Wright – Até o Último Homem
  • Sylvain Bellemare – A Chegada
  • Wylie Stateman e Renée Tondelli – Horizonte Profundo: Desastre no Golfo
  • Alan Robert Murray e Bub Asman – Sully: O Herói do Rio Hudson
  • Ai-Ling Lee e Mildred Iatrou Morgan – La La Land: Cantando Estações

Como mixagem trata mais de trilha sonora, edição de som trata mais especificamente de efeitos sonoros, o que me remete logo a “Até o Último Homem”, o meu segundo filme favorito do ano, com os sons nos lugares certos e a guerra mostrada de forma grotesca e realista, do jeitinho que o tio Mel Gibson gosta.

Melhores Efeitos Visuais

  • Robert Legato, Adam Valdez, Andrew R. Jones e Dan Lemmon – Mogli: O Menino Lobo
  • Stephane Ceretti, Richard Bluff, Vincent Cirelli e Paul Corbould – Doutor Estranho
  • John Knoll, Mohen Leo, Hal Hickel e Neil Corbould – Rogue One: Uma História Star Wars
  • Steve Emerson, Oliver Jones, Brian McLean e Brad Schiff – Kubo e as Cordas Mágicas
  • Craig Hammack, Jason Snell, Jason Billington e Burt Dalton – Horizonte Profundo: Desastre no Golfo

Como o Mogli humilhou na premiação da VES (Visual Effects Society), acredito que os efeitos de animais realistas, como aconteceu com As Aventuras de Pi em 2012, levem a estatueta este ano, podendo ser superados pela complexidade extrema dos efeitos de Doutor Estranho.

Melhor Design de Produção

  • Stuart Craig (design de produção) e Anna Pinnock (decoração de set) – Animais Fantásticos e Onde Habitam
  • Patrice Vermette (design de produção) e Paul Hotte (decoração de set) – A Chegada
  • Jess Gonchor (design de produção) e Nancy Haigh (decoração de set) – Ave, César!
  • David Wasco (design de produção) e Sandy Reynolds-Wasco (decoração de set) – La La Land: Cantando Estações
  • Guy Hendrix Dyas (design de produção) e Gene Serdena (decoração de set) – Passageiros

Categoria associada à ambientação e decoração cenográfica. Acredito que Animais Fantásticos também leve essa, estando páreo a páreo com “A Chegada” e “Ave, César!”.

Melhor Edição

  • Joe Walker – A Chegada
  • John Gilbert – Até o Último Homem
  • Tom Cross – La La Land: Cantando Estações
  • Nat Sanders e Joi McMillon – Moonlight: Sob a Luz do Luar
  • Jake Roberts – A Qualquer Custo

“A Chegada” e “Até o último homem” estão empatados em minha opinião, com talvez uma alfinetada de leve de La La Land, que pode estar perto de levar o prêmio também por conta da complexidade de suas plano sequências e cenas de dança.

Melhor Trilha Sonora

  • Justin Hurwitz – La La Land: Cantando Estações
  • Mica Levi – Jackie
  • Dustin O’Halloran e Hauschka – Lion: Uma Jornada para Casa
  • Nicholas Britell – Moonlight: Sob a Luz do Luar
  • Thomas Newman – Passageiros

Sem dúvida o álbum que mais ouvi este ano foi o das canções e trilha sonora originais de La La Land, que sem dúvidas leverá este prêmio, ofuscando qualquer outro competidor.

P.S.2: Não opinarei a respeito das categorias abaixo por não ter assistido a nenhum destes documentários, porém
deixo os votados como prováveis ganhadores do site Rotten Tomatoes:

Melhor Documentário em Curta-Metragem

  • Os Capacetes Brancos
  • Extremis
  • 4.1 Miles
  • Joe’s Violin
  • Watani: My Homeland

Melhor Curta-Metragem

  • Ennemis Intérieurs
  • La Femme et le TGV
  • Silent Nights
  • Sing
  • Timecode

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