A FCC, agência reguladora de comunicação dos EUA, votou essa semana e aprovou o fim das antigas regulamentações sobre a neutralidade na rede. Isso na prática siginfica que os provedores de internet podem taxar por tipos de dados na internet, como redes sociais, jogos online e downloads para terem valores diferenciados. Mais uma surpresinha do capitalismo, onde ele oferece um serviço que se torna essencial e quase que espinha dorsal da sociedade contemporânea, para depois resolver rever tudo e taxar da forma que convém.

Alguns dos problemas que surgem do fim da neutralidade poderia afetar o mercado de jogos indie, que depende fortemente de plataformas digitais de venda. Os provedores podem taxar esses casos em especial, por conta do boom e grande movimentação de dados, e também para agradar as grandes corporações de distribuidoras que perderam um pouco do seu mercado. Com isso veremos o preço final dos jogos sendo afetado, ou o lucro dos criadores de jogos indie sendo reduzido.

No Brasil a neutralidade foi garantida em 2014, com o marco civil da internet. Na nossa lei as empresas não podem diferenciar os dados que transitam na rede, e devem “tratar de forma isonômica quaisquer pacotes de dados, sem distinção por conteúdo, origem e destino”. A preocupação é por conta dessa decisão nos Estados Unidos termos lobbistas buscando reviver o debate sobre a neutralidade no Brasil, e com a força que as empresas estão tendo no atual governo, é rezar para que nada seja votado até 2018, e que quem vencer a eleição não permita o fim da neutralidade por aqui.